domingo, 16 de setembro de 2012

Lendas e Fatos, por Bründerberg Handwerk Bier

Veja abaixo infográfico criado pela Bründerberg Handwerk Bier, de Ivoti. Acesse a página no Facebook clicando aqui.


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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Bauhaus Cobre Lager (0007)

Após uma longa himbernação, já era a hora de reativar o blog.

Em 9 de Junho deste ano, reunimo-nos, este blogueiro que vos escreve, e Márcio Eduardo Winter de Moraes, grande amigo cervejeiro, em minha humilde residência, devidamente munidos para enfrentar amistoso entre Brasil e Argentina, nos States. Derrota de virada por 4x3.


Mas, vamos ao que interessa: nossas companhias. Devo dizer que não bebemos todas, por absoluta falta de tempo... Mas ei-las:


A primeira cobaia da noite era a Bauhaus Cobre Lager, que vinha como "chute" do Winter.

Ficha Técnica

Nome: Bauhaus Cobre Lager
Fabricante: Cervejaria Premium
Estilo: Premium American Lager - BJCP 1C
Graduação Alcoólica: 5,1 ABV

A esperança nesta cerveja era até razoável. Acreditava ser uma Amber Lager, mas ao abrir a garrafa, pouco aroma surgiu no ambiente. A Aparência ao servir foi decepcionante. A espuma foi bastante fraca e pouco duradoura. A cor sequer se assemelhava ao ao âmbar ou cobre. Nota 2/5.

O Aroma, apesar de existente, é um frutado levíssimo. Nota 3/10.

Finalmente bebida, o Sabor revelou-se a face menos fraca da cerveja. Levíssima, e o pouquíssimo Malte parecia equilibrar o quase inexistente Lúpulo. Do time das cervejas que descem quando BEM GELADAS. Nota 7/20.

A Sensação também não foi daquelas que são únicas: corpo ralo, textura rala. No retrogosto sentia-se, commuita boa vontade, um leve amargor. Nota 1/5.

O Conjunto mostrou-se fraco, sem personalidade. Nota 2/10.

Nota Geral: 1,5 de 5.


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domingo, 3 de junho de 2012

Brewdog Punk IPA: Potência e Controle (0006)

Uma não tão antiga propaganda da Pirelli, fabricante italiana de, dentre outros itens, pneus, lançava um slogan famoso: "Potência não é nada sem Controle". Os carcamanos tinham razão, e a prova disto são  as cervejas da Brewdog são exemplos que comprovam a tese. Essa cervejaria vanguardista e conceitual produz cervejas que são um sôco no estômago, e inovadoras.

Tais conceitos podem ser achados facilmente num exemplar da Brewdog, a Punk IPA. Para começo de conversa, a apresentação é alvissareira. A latinha vêm com um desenho surpreendentemente simples, mas bonito, com um azul céu de encher os olhos. Como, aliás, todos os vasilhames da Brewdog.



Ao ser aberta, o Aroma dominou o ambiente. O Cítrico e o Herbáceo do Lúpulo mostraram à que veio a tale cerveja. Laranja, Lima, e talvez um Maracujá residual. Para quem gosta de cervejas lupuladas, esta aqui vem bem à calhar, e o que ela mostra desde o primeiro contato. Nota-se a presença do álcool de forma intensa. Nota 7 de 10.

Servida, a Punk IPA mostrou uma espuma densa, de boa duração, branca, com bolhas de tamanho expressivo. A cor é âmbar, com turbidez média, à meio caminho entre um líqüido translúcido e opaco. Aparência lindíssima, quando no copo. É preciso muito cuidado ao servir, pois a carbonatação, apesar do transporte internacional, permanece altíssima. Acostumados à cervejas que não geram creme, podemos nos deparar com um copo composto por praticamente só espuma. Nota 4 de 5.


Ao primeiro gole, a explosão de aromas se justifica. O malte finalmente dá as caras. Parece que trava uma épica batalha contra o lúpulo para que possa ter a oportunidade de dar o ar da graça. Herbáceo e Cítrico ainda dominam o Sabor, mas desta vez divindo o palco com o Dulçor do malte. Notas de torrado aparecem ao fundo, intensificando o amargor. Sobressai-se o álcool, mas de forma muito equilibrada. Nota 16 de 20.

A carbonatação é de média para alta, o que aguça o paladar e a Sensação da cerveja. O corpo é leve, mas intenso, algo delicado, mas com alta personalidade. A textura acompanha a leveza do corpo. A forte presença do álcool e do lúpulo dão adstringência à cerveja, que também desce seca, porém refrescante. O final é levemente doce, com notas de maracujá, e duradouro, mas não enjoativo. Nota 3 de 5.


No Conjunto, a cerveja mostrou-se uma belíssima companhia. A primeira dos escoceses da Brewdog que tenho a oportunidade de degustar. Para quem gosta de cervejas lupuladas, com força no aroma e sabor, está aí uma que não pode lhes escapar. Punk é um nome altamente adeqüado para uma cerveja desta estirpe. Nota 8 de 10.

Nota geral: 3,8

Na experiência geral, o local e a companhia foram especialmente adeqüados. Degustamos a querida no Pub Garagem 23, local que será objeto de futura matéria. A companhia foi de Márcio Winter (o mais feio dos dois abaixo, vestindo camisa da Seleção Suíça de Futebol), ao som de um blues da mais alta qualidade, do pessoal da Ale Ravanello Blues Combo.


Ale Ravanello Blues Combo:


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quarta-feira, 25 de abril de 2012

10 Livros Essenciais sobre Cerveja!

O excelente blog Bebendo Bem, do Fabian Ponzi, publicou uma lista dos 10 livros essenciais sobre Cerveja. Contabilizei 11, né, mas ainda assim osto com alguns comentários, e deixamos como dica a leitura do blog, clicando aqui ou na lateral de nosso blog, na sessão de Links.

* Guia Ilustrado Zahar de Cerveja – Michael Jackson:


Michael Jackson para os amantes da cerveja nao é (ao menos não somente) o grande cantor pop, mas também outro personagem, conhecido como "Beer Hunter". Autor de inúmeros lívros sobre cervejas e whiskys, um de seus mais importantes é justamente o Guia Ilustrado, que pode ser definido como uma espécie de Enciclopédia ou Guia de Referência, tratando de quase todos os assuntos relativos à cerveja.

* The Brewmaster's Table: Discovering the Pleasures of Real Beer and Real Food - Garrett Oliver:



Garrett Oliver é o Mestre-Cervejeiro de uma das cervejarias mais importantes da atualidade, reconhedida tanto pela excelência de seus produtos, quanto pelo experimentalismo que permeia a hoje chamada "Escola Cervejeira Americana". Como apreciador e incentivador dos movimentos de "Slowfood" e "Slowbeer", Garrett procurou tirar a cerveja artesanal e gourmet do ostracismo, mostrando que ela pode sim ser protagonista nas harmonizações. Cerveja de Verdade com Comida de Verdade.

* How to Brew: Everything You Need to Know to Brew Beer Right the First Time – John Palmer:


Agora é para os que querem se iniciar na arte de produzir sua própria cerveja. How To Brew é um das mais importantes obras de referência para quem pretende tornar-se um cervejeiro artesanal. Nesta obra o autor dá um passo à passo, com explicações fáceis de serem absorvidas, mas completas, sobre como fabricar cerveja. Em adição, existe uma versão on-line, feita com a tecnologia wiki e muitos abnegados em prol da cultura cervejeira. basta clicar aqui.

* The Complete Joy of Homebrewing – Charles Papazian:


Outra obra para iniciantes na fabricação, é a do presidente e fundador da Homebrew Association, semelhante às nossas ACERVA's, o sr. Charles Papazian.

* Cerveja e Filosofia – Steven D. Hales:


Para fazer parte da lista, não é necessário ser um livro técnico. Este apresenta a Cerveja sob a ótica da influência mútua que lega e recebe para a humanidade. Pense sem moderação.

* O Catecismo da Cerveja - Conrad Seidl:


Conrad Seidl é um austríaco gente boa que é conhecido mundialmente como o "Papa da Cerveja". Este livro, não pretendendo-se um "guia de referência", trata sobre uma gama grande de assuntos, muitos dos quais dúvidas e mitos comuns sobre cerveja.

* Tasting Beer: An Insider’s Guide to the World’s Greatest Drink – Randy Mosher:


Um manual para todos que querem se aprofundar nos conhecimentos para degustar uma cerveja. Aromas, sabores, tudo o que é preciso saber.

* The Oxford Companion to Beer – Garret Oliver:


O "companheiro" da Oxford dá mais de 1.000 tópicos, de A a Z, sobre os mais variados assuntos cervejeiros.

* Larousse da Cerveja - Ronaldo Morado:

Pioneira em publicações nacionais do gênero, só por esse fato já poderia estar na lista, mas para quem o possui, é uma obra completo que não deve à nenhuma obra internacional.

* Cervejas - Zak Avery:


Um livro na proposta do nosso Blog, mostrar cervejas diferentes e boas para os leitores.

* 1001 Cervejas Para Beber Antes de Morrer – Adrian Tierney-Jones


Na linha de uma série de livros "1001" alguma coisa, como o livro anterior, apresenta ao leitor cervejas que ele conhece, e certamente algumas que ele não conhece, inclusive nesta edição, várias das melhores cervejas brasileiras.

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Bohemia Oaken: mas que Carvalho?! (0005)

A Bohemia é uma marca tida como "premium" pela AmBev. Pura mentira, claro, como pode ser Premium uma cerveja que utiliza Milho e Arroz em sua formulação? Pois bem, passado o golpe inicial, é fato que as aventuras ambevianas por mares nunca dantes navegados pelas Macro Cervejarias foi um ponto positivo para uma nova cultura cervejeira nacional. Com o lançamento da Bohemia Royal Ale, da Bohemia Weiss e da Bohemia Escura (estas duas últimas permaneceriam no portfólio da empresa), como produtos comemorativos, e depois da Bohemia Confraria e a Bohemia Oaken, a empresa mostrou, curiosamente, que existe um mundo FORA das cervejas aguadas das Macro Cervejarias, dentre elas a Bohemia Pilsen, que apesar do cartaz, tem gosto de nada com coisa alguma.

Bom, o lançamento da Bohemia Oaken ocorreu há um certo tempo, já, mas esta degustação ocorreu no dia 16 de Março de 2012, quase três anos após a compra. As cervejas do tipo "Wood Aged", ou envelhecidas, são tidas como Cervejas de Guarda, o que me levou à cuidar com carinho para que a garrafa fosse guardada em condições favoráveis para seu aprimoramento e conservação.

Quando foi aberta, a cerveja colocada no copo mostrou uma Aparência alvissareira. Espuma densa, cor acobreada, leve turbidez. A cerveja dava água na boca.


A decepção veio no Aroma. A presença do malte e do fermento é otimisticamente razoável. O amadeirado não dá o ar da graça.


No Sabor, a experiência se confirma: o pouco que há remete ao malte, um mínimo de fermento, lúpulo e amadeirado inexistem. O retrogosto é levemente amargo, pelo menos aí uma lembrança do lúpulo.

A Sensação é fraca, cerveja com textura levíssima, que não condiz com o estilo que diz representar. A carbonatação é leve, também, apesar da espuma densa, mas credito isso ao período de maturação largo. Sente-se um fundo adstringente no final, junto do retrogosto.

No cômputo geral, o Conjunto é de médio para baixo. A apareência nos deixa com uma expectativa altíssima.

A nota final do blog é de 1,8 pontos, em cinco possíveis. No geral, é uma cerveja para ser experimentada, mais pela curiosidade do que pelo sabor, mas vale à pena por esse aspecto.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Brooklyn Lager: uma Vienna vinda do Norte (0004)

(infelizmente, as fotos que tirei foram corrompidas pelo celular, por isso usarei elementos visuais aleatórios da internet)

Aí está uma cerveja de respeito. Legítima representante da Nova Escola Cervejeira Norte-Americana, é uma cerveja do tipo Vienna Lager, que é um tipo de cerveja de baixa fermentação mais encorpado, normalmente com o uso de alguma parcela de maltes torrados.

A cerveja se destaca logo na Aparência. Apesar da espuma pouco presente e pouco duradoura, a cor é lindíssima e convidativa. Um amarelo ouro, puxando para o âmbar, e uma turbidez intermediária, que compõe uma visão realmente interessante.

Logo à seguir, sente-se um Aroma delicioso, que a diferencia das lagers tradicionais. Destaca-se o herbal, talvez erva-cidreira, e em menor escala, aromas cítricos.

Após o primeiro gole, a cerveja prova que está em grande forma, apesar da longa viagem empreendida desde sua fábrica, em New York, até o Brasil, onde foi comprada no Bourbon, em Novo Hamburgo, que aliás está com uma interessantíssima variedade de cervejas à disposição dos cervejófilos. O Sabor é marcado em especial pela forte presença do malte, em especial algumas variedades torradas que certamente compuseram a receita. No fundo, como retrogosto, sente-se o amargor balanceado, que neste tipo de cerveja não pode sobrepôr-se ao malte.

Como a primeira impressão parecia indicar, Sensação da cerveja destaca-se pela textura mais aveludada que as Lagers tradicionais, com uma turbidez que indica uma alta proporção de extrato de malte na receita. A carbonatação também é baixa, como já sugeria a espuma pouco presente. A foto abaixo foi captada após o uso da técnica da corda para encher o copo novamente. O resultado foi visualmente bem mais aprazível.

No Conjunto, trata-se de uma grande cerveja, de estilo tradicional e que em especial atendeu aso requisitos daquilo que pede o estilo. Em todos os quesitos, a Brooklyn Lager superou as expectativas. É alta a recomendação deste blogueiro para esta cerveja. A Nota Geral é 3,4 pontos em 5 possíveis.

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

10 Dicas para aproveitar melhor a sua cerveja

10 dicas e curiosidades, simples, para que possamos aproveitar melhor nossa cerveja. Algumas são clássicas e sabidas, outras novas e curiosas, mas todas uma importante lição para quem se interessa em beber bem.
1. Gelada demais x gelada de menos
Enquanto gourmets e fãs de cervejas especiais afirmam que a bebida, quando servida em baixíssima temperatura, perde sabor e aroma, grande parcela da população, consumidora das pilsens comuns, prefere a garrafa “trincando” de gelada. Difícil é dizer quem está correto. Como a forma de consumo é um hábito – e um prazer – o certo mesmo é fazer o que lhe agrada. Embora seja importante salientar que mesmo as Pilsens, as cervejas que devem ser consumidas mais geladas, começam a perder sabor quando estão abaixo de4°C. Ainda, as bebidas excessivamente geladas amortecem as papilas gustativas e isso influencia no sabor. Ou seja, por mais refrescante que a cerveja esteja em um dia de sol, não se estará apreciando o líquido na sua melhor forma. As cervejas mais encorpadas, como as trapistas por exemplo, devem estar por volta de 14°C, contraindicada então para dias quentes ou ambientes sem ar-condicionado!

2. Como gelar mais rápido?
Churrasco ou festa de última hora, onde os convivas levam o pack de cerveja em temperatura ambiente tem solução. Existe um artifício, comumente usado em baladas, para a cerveja gelar em minutos.
O segredo é químico: trata-se apenas de combinar os fatores temperatura baixa e superfície de contato. Colocar a cerveja para gelar no freezer é de fato a forma de se atingir a temperatura mais baixa possível, mas isso é demorado, já que o ar não é o melhor condutor de temperatura. A forma mais rápida é colocar bastante gelo e água, que envolve toda a embalagem da cerveja e esfria o líquido rapidamente – o que em outra forma oposta chamamos de “banho-maria” (claro que tinha que ter nome de mulher…).
Adicione à esta mistura sal e álcool, que junto com a água e gelo deixam a temperatura ainda mais baixa, tornando o processo ainda mais rápido. Só não se esqueça de lavar a embalagem antes de consumir. E de nunca comprar álcool com eucalipto.

3. A escolha do copo é importante?
Independente do tipo da cerveja, é importante que o copo seja, ante de tudo, incolor e transparente. Só assim é possível observar a coloração e a formação de espuma da bebida. O formato também faz diferença de acordo com o tipo da cerveja e, se bem escolhido, tende a potencializar suas características. Apesar de existirem modelos ideais para cada rótulo algumas regras gerais podem ser seguidas:
- cervejas leves podem ser bebidas em copos tipo tulipa ou em taças com “pezinho” — ele impede que o calor da mão esquente o líquido;
- os exemplares mais aromáticos devem ser degustados em copos com bojo largo, que favorecem o desenvolvimento dos aromas;
- cervejas weiss têm alta carbonatação, grande formação de espuma e um fermento que fica no fundo da garrafa e que deve ser misturado à cerveja. Por isso, se faz necessário usar aqueles copos compridos e mais largos no topo, que comportam 500 mililitros, chamados de weizen;
- copos americanos são úteis para beber cervejas leves bem geladas. Como é pequeno, o consumo do líquido é rápido e não dá tempo da bebida esquentar, mesmo com o calor das mãos;
- as de tipo champenoise, feitas com um método de fermentação semelhante ao do champanhe, devem ser bebidas nas taças indicadas para esta bebida, do tipo flûte.

4. Onde guardar?
Cerveja não é vinho. Isso serve tanto para o consumo quanto para o armazenamento. A cerveja, quanto mais jovem for consumida, melhor. Então, armazenar não é muito aconselhado. De qualquer forma, para guardar garrafas e latas, o melhor é mesmo a geladeira, ou, ao menos, um ambiente fresco e protegido do sol.

5. Latinha x garrafa
Eu particularmente não gosto muito de cerveja em lata, salvo as exceções das festas e churrascos. Mas a verdade é que não há nenhuma diferença. O processo de produção da bebida é igual. O que existe é uma pequena diferença de resistência da garrafa, que acaba retendo mais gás carbônico, mas isso é imperceptível ao paladar. Continuo discordando.

6. É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
De novo, cerveja não é vinho. Em pé, porque ainda se tem um pouco de ar residual na garrafa e o oxigênio é prejudicial à cerveja, pois causa o envelhecimento do líquido. A garrafa em pé diminui o contato com o ar. Mas hoje a maioria das cervejarias trabalham com o mínimo de oxigeno residual, o que diminui a diferença entre uma e outra posição para armazenar e gelar.

7. Que tal uma degustação?
Para começar, é indispensável que os copos estejam limpos e secos. O ideal é seguir uma linha para guiar a degustação: cervejas diferentes de um mesmo fabricante ou cervejas do mesmo estilo, mas de fabricantes diferentes. Escolhidos os rótulos, é indicado começar com as mais leves primeiro, partindo para as mais encorpadas e alcoólicas. Para aguçar os sentidos, é aconselhável que os participantes não tenham consumido bebidas alcoólicas no mesmo dia. Para perceber as características de cada bebida, é essencial que elas sejam servidas na temperatura adequada.

8. Quais as cervejas mais refrescantes?
As cervejas do tipo larger, em especial as pilsens são as mais indicadas. Porém isso não se restringe às marcas populares. As pilsens tchecas, por exemplo, são extremamente refrescantes (como já disse sobre a Czechvar). Ainda, outras opções, como as bières blanches (feitas de trigo) são excelentes pedidas para o calor. As cervejas de trigo da Alemanha também são bem refrescantes e as lambic com frutas também podem ser boa opção de aperitivo em dias quentes.
 
9. Existe drinque com cerveja?
Para Catarina, por uma questão de alter ego, o melhor é a Michelada. Drink popular no México, consiste de limão, um pouco de sal (tem quem coloque pimenta chili também) na borda do copo, cubos de gelo, e cerveja pilsen. Há variações da bebida em outros pontos da América Latina, que pode levar suco de tomate e outros temperos. Nos EUA também é possível encontrar variações de margaritas feitas com cerveja, assim como no Brasil alguns bares já se arriscaram a oferecer caipirinha de cerveja – o resultado é um refresco de cevada, com sabor diluído e “temperado” pelo limão.

10. O que é a cerveja “choca”?
Três efeitos indesejáveis na cerveja podem resultar numa bebida alterada, chamada popularmente de “choca”:
a) perda de gás carbônico, por conta de algum defeito na tampa ou pelo “esquenta-esfria” da garrafa, que faz a tampa se contrair e expandir – e, consequentemente, escapar o gás;
b) cerveja “velha” ou mal transportada ou armazenada e que perdeu suas características ideais;
c) coagulação da proteína da cerveja – de novo por causa do processo de “esquenta-esfria” feito algumas vezes. Nesse caso, a bebida não tem sabor alterado, mas seu aspecto fica comprometido, levemente leitoso, num efeito chamado de turbidez.

Mas a dica mais importante, que eu chamaria de 11ª, seria: beba com moderação. E não falo somente da mistura péssima de bebida e direção, falo sobre beber bem, o que é diferente de beber muito. Aproveitar o sabor da cerveja depois de muitos e muitos copos se torna impossível – principalmente de se lembrar. Mesmo as cervejas mais gourmets tem alto ABV e podem dar a fantástica dor de cabeça no dia seguinte (nunca me esqueço dos 3 litros de München em um pub que me causaram o pior domingo da vida). Portanto, separe os objetivos. Se o intuito é beber muito, faça-o rodeado de pessoas conhecidas e confiáveis, prepare o Engov e o kit antirressaca e aproveite!